BS’D
No Bris do filhinho de Tamir e Judy Goodman, uma mulher elegantíssima de cerca de 60 anos de idade, levantou-se e pediu a palavra.
Apresentou-se como sendo a viúva do membro do Parlamento Israelense, Professor Avner Shaki, de abençoada memória. Inicialmente, explicou o motivo de ela estar presente na comemoração.
Cerca de um ano antes, Tamir lhe telefonara e pedira para falar com seu marido. Quando soube que o Dr. Shaki tinha falecido, começou a lhe agradecer muito, dizendo: “A senhora e seu marido me salvaram!”
Tamir, um judeu religioso, tinha ficado muito famoso alguns anos antes, em Israel. Nasceu e cresceu nos Estados Unidos. Lá, no colegial e na universidade, tinha sido um jogador de basquete tão bom que jamais marcavam os jogos do seu time no Shabat. Algo que jamais acontecera antes.
Depois que se formou, foi contratado para o melhor time de Israel. Sua história apareceu em todos os jornais e tornou-se uma estrela, sendo entrevistado em inúmeros jornais e estações de televisão de Israel.
Mas as coisas mudaram, de repente. Tamir começou a ter problemas com o joelho esquerdo. Teve de ficar de fora em muitos jogos. Os médicos de seu time estavam pessimistas. E o time que o trouxera para Israel o vendeu. O futuro não parecia nada promissor. A imprensa, que antes o adorara, começou a atacá-lo.
A única saída seria uma cirurgia, mas os médicos lhe disseram que as probabilidades de sucesso não passavam de 5%.
Como era um seguidor do Rebe de Lubavitch, Tamir chegou à conclusão de que precisava do conselho do Rebe. Viajou ao Ohel do Rebe. Escreveu uma carta perguntando se deveria ou não fazer a operação.
Em seguida, entrou no Beit Chabad que fica na entrada do cemitério. Sentou-se na sala da recepção, onde são mostradas milhares de horas de vídeos do Rebe falando, muitas vezes para indivíduos.
A Sra. Shaki continuou:
“É por isso que ele me telefonou agradecendo. Mas antes tenho de lhes contar alguns fatos anteriores. Na década de 60, o governo de Israel aprovou uma lei que até hoje ameaça o judaísmo: a lei de ‘quem é judeu’. Um oficial na Marinha de Israel casou-se com uma mulher não-judia da Irlanda, que passara por uma falsa conversão e teve vários filhos com ele. Em seguida, ele trouxe todos eles para Israel e queria registrá-los como judeus. (Até esse episódio, a definição da Torá de quem é judeu – que é alguém que nasceu de uma mãe judia, ou se converteu para o judaísmo de acordo com a Lei da Torá, a Halachá – era a lei em Israel). A Corte Suprema de Israel aprovou a modificação dessa definição.
“É verdade que a lamentável decisão tinha de ser aprovada pelo Parlamento de Israel (Knesset), que na época era controlado por uma coalizão de esquerda, que era a favor da mudança.
“É aí que meu marido, da abençoada memória, entra na história. Seu partido, o Partido Nacional Religioso, oficialmente fazia parte dessa coligação. Embora o partido não concordasse com aquela mudança, pois era contrária à Lei da Torá, e aquele era um partido religioso, teria de se abster, por pertencer à coalizão. A abstenção, de fato, significava apoiar a mudança.
“Discutimos o assunto e chegamos à conclusão de que meu marido não tinha alternativa, a não ser seguir as diretrizes de seu partido, embora aquilo fosse totalmente contrário a seus princípios. De qualquer maneira, seu voto único não teria nenhum valor real e se ele desobedecesse, perderia tudo.
“Na noite anterior à votação recebemos um telefonema de Nova York. Era o Rebe de Lubavitch! O Rebe se apresentou e, de fato, implorou a meu marido que se levantasse e votasse ‘não’.
“Meu marido lhe explicou que isso significaria o fim de sua carreira política. A imprensa esquerdista faria dele picadinho. Muito provavelmente seria expulso do partido. E, em todo caso, seu voto não contaria – havia 100 votos contrários ao dele e a lei passaria, de qualquer maneira!
“Mas o Rebe respondeu que alguém tinha de estar disposto a fazer aquele sacrifício pela verdade e para santificar o nome de D-us.
“Não somos Chassidim Chabad. Mas no dia seguinte meu marido fez o que o Rebe lhe pedira. Ficou de pé, levantou a mão e votou contra. Não sei se algo assim já aconteceu na política de Israel.
“A mídia o ridicularizou, os companheiros de partido ficaram furiosos. Foi desprezado, fez centenas de inimigos políticos. De repente, ficamos sós.
“Pouco depois, fomos a Nova York e visitamos o Rebe. Quando meu marido entrou na enorme sinagoga onde o Rebe estava falando para milhares de chassidim, o Rebe, se levantou para ele, em sinal de respeito. Depois tivemos uma audiência particular com o Rebe, que foi filmada.
“O Rebe agradeceu nossa coragem e me agradeceu por apoiar meu marido. Meu marido se queixou de ter sido demitido do cargo que tinha dentro do partido e de que a mídia estava se abatendo sobre ele. O Rebe respondeu: ‘Não ligue para a mídia. E quanto a seu trabalho, você é como um atleta profissional, está só dando um passo para trás para poder pular com força e sucesso dobrados e redobrados.’
“E foi exatamente como o Rebe disse. Vários anos depois, meu marido foi convidado a voltar para seu partido, mas desta vez como seu líder. Realmente pulou com sucesso redobrado. Mas não tínhamos entendido por que o Rebe mencionara atletas. Afinal de contas, meu marido não era um atleta profissional.
“Bem, cerca seis meses atrás, descobrimos. Tamir Goodman estava sentado no Beit Chabad perto do Ohel pensando sobre sua operação, quando, de repente, o vídeo de nossa audiência apareceu na tela diante dele, com o Rebe dizendo: ‘Não ligue para a mídia. Você é como um atleta profissional, dando um passo para trás para poder dar um salto com força e sucesso dobrados e redobrados.’
“As palavras se encaixavam perfeitamente em seu dilema. O Rebe o estava animando. Fez a cirurgia e, apesar das dúvidas do cirurgião, ela foi um sucesso total. Um verdadeiro milagre! Foi aí que ele nos telefonou para agradecer e é este o motivo de minha presença nesta simcha!”
Adaptado de relato do R. Tuvia Bolton, publicado em:
http://lchaimweekly.org/
http://lchaimweekly.org/lchaim/5775/1362.htm
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